segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O MECANISMO DO SOFRIMENTO



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Questionador: Por que há gente contente e gente sofrendo?

Edson Carmo:
Sofrimento é o resultado de desejar ser, aquilo que não se é. É a “dor” do conflito entre o que se gostaria de ser, com aquilo que se é. Há sofrimento quando não se aceita a vida como ela é, e se fixa na idéia de como se gostaria que ela fosse. Há sofrimento também na vontade te ter aquilo que não se tem. Assim, podemos concluir que sofrimento é a idéia de dualidade. NA NÃO-DUALIDADE O SOFRIMENTO NÃO EXISTE.

Questionador:
E como é possível evitar o sofrimento, se a dualidade é uma realidade?

Edson Carmo: Dualidade não é real, ela não existe! Dualidade é uma criação da mente, é uma manifestação da memória! Veja, tudo que está acontecendo, está acontecendo por vez, é um processo continuo. Então, se a noite está aí, não pode ser dia. E se fosse dia, a noite não poderia estar aí! Observe: quando você está saciado, onde está a sede? Aqui está calor, e você está sentindo calor! Onde está o frio? O frescor que você está desejando, nesse momento, ele está apenas na memória – porque um dia você já o sentiu. Mas a memória não é o que está acontecendo como realidade. O que está acontecendo como realidade agora, é o calor. No momento que começar a fazer frio, o calor não estará mais aqui. Você pode perceber? Que não há dualidade no acontecimento?! Quando o frio acontecer aqui, será apenas uma continuação do calor que agora existe, então o calor ficará no passado, e o passado é inexistente.

Questionador: muito obrigado, acho que agora entendi. Sinto que alguma coisa já começou a mudar... hahahahahahahahahahaha

Edson Carmo: A Verdade sempre Liberta, fica na Paz!

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Edson Carmo

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O MECANISMO DO FORTALECIMENTO

Ninguém gosta de se sentir para baixo. Mas estar para baixo, de vez enquanto é bom!

Vou explicar essa minha afirmação! Quando a gente está para cima, então a gente está dando, certo?! É, a gente está dando: sorrisos, palavras, ajudas... Quando a gente está para cima, então a gente está apenas gastando energia.

Mas quando gastamos, precisamos repor, certo?! Então, é aí que nos sentimos para baixo. Figuradamente, o que estou dizendo é que quando estamos sem sono estamos cheios de energia - então a gastamos. Mas quando as energias estão se esvaindo, vem o sono, que é uma providencia de Deus, pois é o sono, o dormir que nos repõe as energias! A mesma coisa acontece quando estamos com fome, sede...

Assim, ficar para baixo equivale a fome, a sede, o sono... da alma. Não é ruim, é um momento para nos sentirmos fracos e buscar a reposição das forças espirituais em Deus.

Lembre-se: o Apóstolo São Paulo disse que é na fraqueza que se aperfeiçoa o poder de Deus.

Edson Carmo

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A INEFICIÊNCIA DA RELIGIÃO NA TRANSFORMAÇÃO DO HOMEM

A verdadeira religião não é aquela que cobra comportamento, e sim aquela que traz esclarecimento. Olhe como as coisas se processam dentro da falsa religião! Ela diz: “não faça isso, não faça aquilo; essas coisas são pecados” – é o velho não proves, não toques, não manuseies que o Apostolo São Paulo se referiu em sua carta aos Colossensses.

Vamos analisar mais profundamente isso! Uma pessoa está em densa escuridão, ela está tropeçando em pedras que estão espalhadas por todo o seu caminho; ela está caindo em buracos que estão postos pelo chão; ela está batendo com a cabeça em obstáculos que estão em todos os cantos e recantos... Isso é tudo que essa pessoa sabe fazer: tropeçar! É a sua condição, ela não pode ver, está em trevas!

Tudo isso tem trazido sofrimentos, dor, medo a essa pessoa. Então, por causa disso, ela vai em busca de uma religião, e quando a acha, a religião lhe diz: “você está errada, você não pode tropeçar, isso não pode acontecer, você não pode cometer tais pecados. Você só terá paz quando for santa, quando pára com essas coisas.” Ora! Como essa pessoa vai parar de tropeçar, de cair... se a luz não for acesa em sua vida? E se a vida dela ficar banhada de luz, como deixará de enxergar os obstáculos? Ora, uma vez que ela veja as pedras, naturalmente deixará de tropeçar nelas. Uma vez que ela ver os obstáculos, desviar-se-á de cada um deles...

Assim, a libertação, não está na informação do que não deve ser feito, mas na experiência de enxergar o que deve ser feito, como tem de ser feito e, porque tem de ser feito.

Edson Carmo

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O OBJETO, O SIGNO E O INTERPRETANTE

Existe o significante, o significado e aquele que dá o significado. O significante é o “objeto” – o “objeto” pode ser uma escritura, um som, uma música, uma forma, uma cor... Já o significado é o signo; é a interpretação que foi gerada a partir do encontro do “objeto” com o observador. Significado é a sua interpretação e não o “objeto” em si – o “objeto” não tem nenhum significado intrínseco. E quem dá o significado? Você – você é o interprete, o interpretante! Veja, as coisas são apenas coisas, se elas tem algum significado, algum valor, esse valor não está nelas mesmas, mas em você que as quer valorizar ou não. A interpretação vem da sua cultura, da sua experiência, da sua forma de ver, de pensar... Assim, nada do que você vê é o significado, e sim o significante. Lembre-se: uma palavra só pode fazer mal a uma pessoa, dependendo da interpretação que essa pessoa faz a respeito dela. A mesma coisa se aplica ao som, as imagens, as cores...

Edson Carmo

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O MECANISMO DA INFELICIDADE


Quem tem sono, é você ou o seu corpo? Quem cansa, é você ou o seu corpo? Que se machuca, é você ou o seu corpo? Quando o corpo está adormecido e você está inconsciente, quem respira, quem bombeia sangue para todos os órgãos? É você ou o seu corpo? Para todas essas perguntas a resposta só pode ser uma: O corpo! Mas as pessoas de modo geral estão dizendo: “eu estou com sono, cansado, machucado...” Esse ‘eu estou’ é a maior de todas as identificações do ser com o corpo.” Quase todo mundo neste planeta pensa ser o corpo.”

Mas você não é o corpo, e sim a testemunha do que acontece ao corpo?  Você não é o objeto da observação, e sim o observador!

Observe, muitas pessoas ao apenas assistir um filme, uma peça dramática, começam a chorar. O que aconteceu a elas? Será que aconteceu alguma coisa a essas pessoas? É certo que não! Mas você pode perguntar: “Então, por que elas estão chorando?” Eu respondo! Eles estão chorando, porque se identificaram com aquele acontecimento, com o personagem, com o acidente que aconteceu a ele... Tais pessoas se identificaram com a dor do personagem e começaram a chorar!

Quando a mente faz uma pessoa pensar que tudo que está acontece ao corpo, está acontecendo a ela, então essa pessoa automaticamente entra em estado de sofrimento e agonia. Lembre-se: existe uma causa básica para o sofrimento humano, e ela é a sua identificação com o corpo. Do outro lado, existe uma causa básica para ser feliz, e ela é a sua desidentificação com o corpo.

Quando seu corpo está em sono profundo, você fica inconsciente dele. Mas quando o corpo começa a despertar, então a consciência começa a retornar; é aí que a sua identificação com o corpo gradualmente retorna. No sono profundo, na desidentificação com o corpo, existem os problemas, a condição social indesejável, contas a pagar..., mas não existe sofrimento, nem tristeza, nem angustia... Mas quando a sua identificação com o corpo está desperta, acordando, então aí manifesta-se todo o tipo de miséria.

Se você conseguir desidentificar-se com o corpo, muitas coisas maravilhosas acontecerão, e a principal delas é o encontro intimo com Deus.

Edson Carmo