terça-feira, 1 de março de 2011

UM MECANISMO DE TRANSFORMAÇÃO

Todos nós, inicialmente, somos matéria prima a ser trabalhada. Porém, a matéria prima não pode evoluir sem os encontros. E existem dois tipos de encontros: o encontro com o artista e, o encontro com o apreciador. O artista é aquele que coloca valor na matéria prima, transformando-a em arte, e, o apreciador, é aquele que reconhece o valor e paga por ela.

Há encontros que são formões necessários para as nossas mudanças; são eles quem determinam as nossas formas; quem causam em nós transformações – esse é o encontro com o artista, com aquele que nos eleva da condição de matéria prima para a condição de obra de arte.

Quem pagaria muito por um tronco de árvore? Quem daria valor a um bloco de rocha?

Uma bela escultura de madeira, antes foi um tronco de árvore. Uma escultura de mármore, antes foi um bloco de rocha. Mas a passagem de um estado para o outro, se deu por meio do atrito, do desbastar, do talhar...

Com esse entendimento, não fuja dos encontros, dos relacionamentos. Uma vida que começa e termina sem transformação, não é vida! Portanto, não deixe que os atritos, os conflitos que surgem nos relacionamentos, sirvam para uma outra coisa que não seja tirar os excessos, as cascas, as arestas... Permita com que eles lhe transforme numa pessoa melhor.

Para surgir uma obra de arte é necessário o encontro e também o atrito – não existe outra forma de surgia a obra de arte e a apreciação.

Edson Carmo

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